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Revista de la Secretaría del Tribunal Permanente de Revisión

Print version ISSN 2307-5163On-line version ISSN 2304-7887

RSTPR vol.4 no.8 Asunción Aug. 2016

https://doi.org/10.16890/rstpr.a4.n8.p12 

Ensaio Introdutório

As fraturas do velho continente: uma radiografia da União Europeia

Elizabeth Accioly* 

* Universidade de São Paulo, Brasil.


A história da Europa unida é sem dúvida um exemplo para o mundo pós-Guerra. No dia 9 de maio último, a Declaração Schuman completou sessenta e seis anos. Quase sete décadas de paz no velho continente. E esta foi a data escolhida para celebrar o Dia da Europa, dia em que França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo aceitam o convite de Robert Schuman, Ministro das Relações Exteriores da França, para criar a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, a CECA, que se materializa a partir da assinatura do Tratado de Paris, em 18 de abril de 1951.

Essa Europa sexagenária foi sendo construída com avanços e retrocessos, nada anormal na edificação de blocos económicos. A ousadia da criação de um mercado comum, com a tomada de decisões por maioria e não por unanimidade, não foi tarefa fácil, pois belisca a soberania dos Estados. Aliás, é oportuno relembrar a famosa crise da cadeira vazia, nos idos da década de 60, já com o Tratado de Roma, de 25 de março de 1957, que instituiu a Comunidade Económica Europeia-CEE, em vigor. Essa crise só terminou com a assinatura do Acordo do Luxemburgo, em 1966, por imposição da França de De Gaulle, que passou a exigir que as decisões fossem tomadas por unanimidade quando os Seis decidissem "assuntos importantes". Hoje, esse tema está superado, de CEE passou-se à União Europeia, com a concretização do mercado interno e a criação de mais uma etapa de integração - a União Económica e Monetária, grande novidade do Tratado de Maastricht, de 07 de fevereiro de 1992. Nessa altura, a Europa já tinha o dobro de sócios, com a entrada do Reino Unido, da Irlanda, da Dinamarca, em 1973, da Grécia, em 1981, e de Portugal e Espanha, em 1986. A Europa seguia a Doze.

O Tratado da União Europeia, ou de Maastricht, foi o maior exemplo de ousadia entre os seus Estados membros, pois, para além de uma moeda comum, concede aos seus povos o direito a uma cidadania europeia, subsidiária à cidadania dos seus Estados, com direitos e deveres acrescidos, permitindo aos seus cidadãos, por exemplo, votar e ser eleito para as eleições do Parlamento Europeu e eleições municipais, onde quer que residam, e o inédito direito de proteção diplomática de qualquer um dos Estados membros, sempre que estes se encontrem em países terceiros. E o direito mais caro de todos: o de circular e de se estabelecer em qualquer Estado membro, em respeito ao princípio da não discriminação em razão da nacionalidade.

O Acordo de Schengen, assinado em 14 de junho de 1985, nesta emblemática cidade luxemburguesa que faz fronteira com França e Alemanha, é o corolário da livre circulação de pessoas, é sinônimo da Europa das pontes, da Europa sem fronteiras, da Europa da liberdade. E a consagração dessa etapa é materializada com o euro, a partir de 2002, pois, num espaço já sem obstáculos, nada melhor do que ter uma só moeda, e assim, à exceção da língua, o direito e o dinheiro já não são barreiras para os cidadãos da União!

Entretanto, é curioso constatar que os dois grandes projetos da União - moeda única e livre circulação de pessoas - não contam com a participação de todos os Estados membros. (Apenas como apontamento, recorde-se que em 1995 chegaram três novos sócios: Áustria, Suécia e Finlândia, e, em 2004, o maior alargamento de sempre, com dez Estados: Estónia, Letónia, Lituânia, Eslovénia, Eslováquia, Hungria, República Checa, Polónia, Chipre e Malta. Em 2007, chegam Roménia e Bulgária e, em 2013, a Croácia). A União Europeia soma hoje 28 Estados membros, sendo que a Zona Euro é composta por 19 e o Espaço Schengen por 26 Estados. Quatro Estados que fazem parte da União Europeia não aderiram a Schengen (Reino Unido, Irlanda, Chipre e Croácia) e ainda quatro Estados que não fazem parte da União Europeia são parte de Schengen (Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein).

Ora bem, são exatamente a Zona Euro e o Espaço Schengen as duas apostas mais difíceis de se concretizarem, que passam por um período de grande instabilidade - a primeira pela crise económica e o segundo pela crise humanitária.

Se voltarmos o nosso olhar para a trajetória da União, vamos encontrar grandes estadistas, que tiveram a coragem de criar um bloco supranacional que daria o salto decisivo para atingir os seus objetivos. De Churchill, que clamava pelos Estados Unidos da Europa, já em 1946, logo após a II Guerra Mundial, a Giscard d'Estaing, pai da Constituição Europeia, que foi assinada em 2004, mas que não conseguiu sair do papel, sem esquecer Konrad Adnauer, Alcide De Gasperi, Jean Monnet, Robert Schuman, George Pompidou, Altiero Spinelli, Helmut Kohl, Jacques Delors, dentre tantos outros. Naquela época, o projecto europeu estava acima dos interesses dos Estados.

E passados sessenta e seis anos da Declaração Schuman, qual o estado da arte União Europeia? unida ou desunida? fortalecida ou enfraquecida? solidária ou egoísta?

A presente exposição pretende discutir os problemas atuais dessa fantástica construção europeia, esperando que a alma daqueles que hoje conduzem a UE não seja pequena. A Europa, por tudo o que já construiu, não se pode transformar numa fortaleza, fechada em si mesma, extremista, xenófoba e egoísta. Ao contrário, deve buscar inspiração naqueles que colocaram os alicerces, fundados na confiança, na solidariedade e na paz.

1. A EUROPA SEXAGENÁRIA

A Europa comunitária já é uma senhora quase septuagenária, e já deixou a sua marca no velho continente. Porém, um dos grandes fantasmas do envelhecimento é o esquecimento. E a Europa está velha e esquecida. Será que não se recorda que foi a mão americana que a reergueu? A Europa, no pós-guerra, não tinha condições de vestir, educar e alimentar os seus. Não fosse aquela ajuda, o velho Continente teria tido êxito? É óbvio que a avultada soma de dinheiro doada pelos EUA tinha contrapartidas e interesses escusos, como conter o comunismo que avançava e preocupava o mundo capitalista. Mas, independentemente disso, a verdade é que esse apoio financeiro, gerido pela OECE (Organização Europeia de Cooperação Económica) - hoje OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico), foi a tábua de salvação para os Estados que aceitaram participar do Plano Marshall.

Outro sintoma de velhice é parar no tempo, viver de lembranças, pese embora m pouco enevoadas, e não olhar com muita preocupação para o futuro, pois o fim já se aproxima. O projeto europeu sempre se justificou pelas metas corajosas que se propôs alcançar, nos arroubos da sua juventude, e pelos resultados conseguidos. Mas é chegada a hora de, com forte dose de realismo, enfrentar os tempos atuais. Será que esse modelo de integração se justifica numa Europa a 28? A Constituição Europeia, de 2004, que tinha a intenção de dar o salto mais arrojado, levando a Europa para uma união política, fracassou. O tratado foi chumbado no país natal do seu mentor, a França de Giscard d'Estaing, em maio de 2005, e transformou-se num tratado natimorto, deixando a Europa paralisada por três anos, altura em que foi levada a cabo, sob a presidência portuguesa, a revisão dos seus tratados institutivos - Roma e Maastricht. Ou seja, a Europa não avança para a União Política, permanece no degrau da União Económica e Monetária, com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, em 1 de dezembro de 2009.

Com os últimos alargamentos, de 2004, 2007 e 2013, a Senhora Europa deixa de poder contar aos seus netos a sua emocionante história, quando foi raptada por Zeus, que surge na figura de um touro, inebriado pela sua beleza e a leva para outras plagas. Parece que Zeus transforma-se agora num elefante e aprisiona a sua amada numa loja de cristais. E a Europa não consegue dar um passo sem causar estragos. É conveniente também lembrar que hoje são 28 a tentar fazer malabarismos em cima do elefante, e está cada vez mais difícil libertar a Europa sem desmontar a loja. Será que há saída?

2. A GERAÇÃO EUROPA

Dizem que as gerações se formam de 30 em 30 anos. É o tempo de nascer, crescer, estudar, trabalhar e constituir uma família. Assim sendo, já temos uma nova geração europeia, uma geração que nasceu numa Europa sem fronteiras, sem obstáculos para as mercadorias e para as pessoas, que abrange desde produtos made UE, livres de impostos, até viver e gozar a reforma em qualquer um dos Estados membros; que permite viajar sem controlos fronteiriços, compartilhar a mesma moeda e estudar em várias Universidades, num dos exemplos mais felizes dessa integração - o Programa Erasmus.

Ora bem, como será que esta geração vê a Europa? Pujante ou em crise? De oportunidades ou de desemprego? Um espaço de segurança ou de medo?

Aquela velha máxima da Europa de que "fora é pior" para os Estados membros já não convence essa juventude, que não viveu as atrocidades de um conflito armado, e que não sabe o que significa uma Europa com muros, reais ou imaginários. Os nascidos no ano da queda do Muro de Berlim já estão perto de completar 30 anos! Ouve-se com frequência o relato de portugueses que contam as dificuldades e as peripécias que faziam para conseguir entrar na vizinha Espanha, com a única intenção de comprar os famosos caramelos, quando ainda existia os guardas de fronteira a zelar, com armas e cassetetes, pelo risco estabelecido nos mapas de outrora. E isso foi há muito pouco tempo para uns, mas há uma eternidade para esta nova geração, que não se revê neste contexto

O exemplo mais preocupante é o do Reino Unido, que irá em breve a referendo sobre a sua permanência ou não na UE. E na esteira do "Brexit", uma sondagem recente ouviu seis mil pessoas de oito Estados membros (França, Alemanha, Hungria, Itália, Polónia, Espanha e Suécia) e concluiu que 45% dos inquiridos querem também um referendo nos seus países para poderem se posicionar quanto à saída dos seus Estados desse outrora seleto Clube.

E de quem é a culpa de todo este ceticismo?

3. AS CRISES EXÓGENAS

A Europa deparou-se com duas crises que fraturaram o continente de Norte a Sul e de Leste a Oeste.

A fratura Norte-Sul deveu-se à crise económica, com a queda do gigante americano da banca Lehman Brothers, que protagonizou a maior falência dos EUA e fez soar alarmes de colapso global da confiança, fragilizando a economia mundial, que respingou no velho continente, como foi o caso da Irlanda, Grécia e Portugal.

Essa crise levou a constituição da chamada Troika, para socorrer os Estados europeus em crise. A ajuda financeira veio não só do Fundo Monetário Internacional, mas também da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu. Estas três instituições - apelidadas de Troika, palavra russa que significa um trenó puxado por três cavalos, foi adotada na cena internacional para designar uma aliança de três personagens do mesmo nível e poder que se reúnem para uma missão, nesse caso de assistência econômica e financeira. O Banco Central Europeu intervém nesse processo por ser o banco responsável pela moeda única europeia. A Comissão Europeia representa, nesta tríade, o órgão executivo da UE. O FMI está à margem das Instituições europeias, mas tem a função preponderante de promover a cooperação monetária à escala global, sendo uma Organização Internacional criada no início do fim da II Guerra Mundial, em 1944, justamente para garantir a estabilidade financeira dos seus 188 membros. Uma das principais consequências dessa intervenção externa são as medidas de austeridade impostas pelos três fiadores e a perda de autonomia, ou melhor, a perda de soberania económica, ficando o Estado à mercê das ordens da tríade.

E nesse contexto constrangedor para os três Estados membros da União, que estavam obrigados a cumprir o memorando de entendimento firmado com a Troika, não foram poucos os momentos de tensão e crispação entre os Estados do Sul - leia-se "devedores" - e Estados do Norte - leia-se "credores", onde estes últimos acusavam os primeiros de serem países irresponsáveis, que viviam à grande e à francesa, enquanto os Estados "ricos" pagavam o rega bofe!

A fratura Leste-Oeste veio mais tarde, na esteira da guerra da Síria, que iniciou em 2011 e já dura mais de cinco anos. É bom que se diga que a invasão do Iraque, em 2003, com os EUA no comando, ainda que sem o aval da ONU, contou com a anuência de alguns países europeus. Nesse momento, abriu-se uma pequena fissura que atingiu, anos mais tarde, uma fratura descomunal, sem nenhuma solução para travar a ruptura total. Sabe-se apenas que o mundo vive a maior crise humanitária pós II Guerra Mundial, e a Europa não consegue dar uma resposta firme e coesa àqueles que batem à sua porta. Para além daqueles que estão protegidos pelo Direito Internacional, que gozam do estatuto de refugiado internacional, fugidos da guerra, há uma vaga de migrantes económicos, do Oriente Médio e da África, que correm para os braços da mãe Europa.

Uma coisa é certa: a Europa não estava à espera dessas fraturas. E como se não bastasse, surge, no epicentro dessa rutura, um terrível abalo sísmico que estremeceu todo o continente: o terrorismo. E surpreendentemente os atores do terror são filhos da Europa, nascidos no país da liberdade, da igualdade e da fraternidade, ou, por ironia, na capital da União Eropeia.

É fundamental destacar ainda, para tentar compreender o despreparo da Europa diante do terrorismo, que o velho continente viveu dez anos de calmaria, entre o atentado de Londres, em 2005, e o atentado de Paris, em 2015. Hoje o cenário mudo, a Europa vive com medo, sem saber onde está esse inimigo sem rosto. E todo esse medo vai repercutir na atual crise migratória. Os estadistas europeus jamais poderiam imaginar que um dia uma das apostas mais simbólicas, o fim das fronteiras internas, estaria em xeque.

A construção de cercas que se erguem na Áustria, Eslovénia ou Hungria representa a contradição dos valores consagrados nos Tratados. E, não bastando isso, surgem ainda legislações, nos Estados membros, que permitem desde confiscar os bens dos migrantes, até incluir carne de porco no cardápio das escolas, com o único propósito de afugentar os refugiados. E, assim, o Espaço Schengen, antes sinónimo da "Europa sem fronteiras", corre o risco de ser sugado pelo buraco negro que está no epicentro da fratura.

4. AS CRISES ENDÓGENAS

Temos hoje três cenários preocupantes na Europa, que refletem os problemas acima identificados.

Uma das imagens mais emblemáticas da Europa comum é a de uma bicicleta que deve estar sempre em movimento, pois, se parar, pode tombar. Porém, a escolha por caminhos desconhecidos levou a Europa à beira do abismo. O Presidente actual do Parlamento Europeu disse recentemente, nas comemorações do 9 de Maio, que está a faltar ar nos pneus da bicicleta europeia.

É verdade. A Europa está estagnada, sem forças para avançar e resolver as crises acima referidas. A Europa encontra-se refém da loja de cristais à espera que um novo Zeus apareça para tirá-la dali sem partir a louça. Nunca é demais lembrar o lema da Europa pós alargamento: "Unidos na Diversidade". Será que esse lema condiz com a realidade sua realidade?

Um dos exemplos recorrentes que reflectem essa Europa estagnada costuma ser a do avião, com 28 passageiros e uma tripulação formada pelo Presidente do Conselho Europeu, o Presidente da Comissão Europeia e a Alta Representante para a Política Externa e Segurança Comum. Qual é o seu plano de voo? Não se sabe; a única certeza que se tem é que nenhum dos tripulantes está em condições de assumir o cockpit, e, diante disso, foi chamada à cabine uma das passageiras que deveria estar ao lado dos demais, mas que, pelo total desgoverno da aeronave, passou a ser ela a comandar. Porém, vão surgindo falhas graves, que fazem aumentar a turbulência.

A primeira delas foi a de permitir que a imagem da Europa das pontes, com os Estados interligados, com a livre circulação de bens, pessoas, serviços e capitais a funcionar quase em pleno, pudesse ser manchada com a imagem das cercas que sobem dentro dos Estados membros. Como é possível a Europa assistir calada a essa afronta, que vai de encontro aos valores da União?

A segunda é a ausência de solidariedade na crise dos refugiados. A Europa não consegue gerir essa crise porque falta apoio dos próprios Estados membros que se recusam a receber refugiados, que vedam a sua passagem, que confiscam os bens daqueles que chegam. Mas, afinal, será que estamos a falar da mesma Europa dos anos 60, que pretendia criar um espaço de paz, de respeito e de dignidade, tudo aquilo que lhes faltou na primeira metade do Século XX, com as duas grandes guerras? E o descalabro total se dá com o anúncio de uma proposta de lei europeia para exigir uma "solidariedade obrigatória". Cada Estado que recusar um refugiado pagará uma multa de 250 mil euros. Mas a que ponto chegamos? Lembra o princípio do poluidor-pagador, se eu pagar posso poluir. Nesse caso, se eu pagar posso recusar uma vida humana. É revoltante e inacreditável que uma proposta de lei dessas possa ser aprovada no seio da União. E mais, que cheguem ao ponto de ter de criar uma solidariedade forçada!

A terceira e última turbulência foi a assinatura do Acordo UE-Turquia, que tem a única intenção de reciclar o lixo humano. A Turquia faz uma triagem e aqueles que não se enquadrem nas exigências da UE, que está a pagar três bilhões de euros para a Turquia fazer a sua parte, ficam lá retidos, e depois o Estado decide o que faz. Os que passarem na triagem são entregues à UE. Para além da soma em dinheiro à Turquia, a UE concordou em conceder isenção de visto para os turcos circularem dentro do espaço Schengen, e ainda prometeu acelerar o processo de incorporação da Turquia na UE, que há quase quatro décadas aguarda a sua aprovação. Mas, por acaso, há alguma preocupação em verificar se a Turquia cumpriu os requisitos necessários para adesão ao Clube europeu, nomeadamente o respeito aos Direitos Humanos, à liberdade de imprensa, ao Estado de Direito, ao respeito por instituições democráticas?

Parece que impera nesse cenário o cinismo, uma Europa "para inglês ver"! Por isso mesmo o Brexit seja agora a bola da vez, e a próxima parada talvez seja mesmo um pouso forçado no Reino Unido, para um dos passageiros descer!

E depois, será que o avião conseguirá decolar?

Quem viver verá!

Autor de Correspondência: Doutora em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo-USP. Diplomada em Estudos Europeus pelo Instituto Europeu da Universidade de Lisboa. Professora visitante do Curso de Mestrado em Direito do Centro Universitário de Curitiba-UNICURITIBA. Investigadora do Curso de Direito da Universidade Europeia-Lisboa. E-mail: ebeth.accioly@gmail.com

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